quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Meu Bandolim

A tarde era turva, mas brilhante... Caminhei, subindo a rua em busca da flor, não valia qualquer uma, procurava aquela mais linda, aquela que representasse tudo o que sentia. No caminho via rostos suplicantes, expressoes embebecidas e errantes, expressões de mim mesmo, grintando, implorando uma canção. E eu, não consegui mais lhes entregar, pois faltava-me a canção, o amor pra cantar. Fui tentando devagar, caminhado sozinho sem jamais negar, mesmo que um simples olhar! Faltava-me o bandolim. Ja tive um! Na verdade dois, um melhor que o outro. Um tocava mau, mas com amor e empenho, o outro era de melodia fina e refinada. Lindo. Quando se partiu ao meio, caido da estante, senti representar tudo o que se passava! A canção se foi, junto com o que me move, o sonho! Não podia mais tocar o bandolim errante. Meu consolo era que o segunto ainda vivia, tão irreal como o desejo do primeiro, e sua melodia, as vezes, insistia na minha mente. Pena ele nunca existir de fato, igual a coragem que eu tinha! Mais pra cima, sobre olhares, melodias e desejos, tentamos olhar as flores, que jamais existiram, e buscar dar esperança a todos que cobravam... Acho que foi em vão, pois mesmo com a flor mais linda que achei, continuo sentido medo. Não poderei mais escrever, nem tocar meu bandolim, uma lagrima sincera sai de mim, pedindo mais coragem pra chorar. Faltava-me ali, o que sei que por toda minha vida vou buscar, enquanto viver, poderei somente sonhar! Quem sabe o olhar me persiga, por todo sempre para que assim possa aprender a nao temer mais. Vou consertar o bandolim, pra ele me arrumar, e para a flor, somente o sol e o amor.

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